16º Dia do encontro "Que sabor tem minha vida" 08/10/2011

Que sabor tem minha vida?

Somos criados por Deus para uma finalidade.

Por sermos filhos de Deus, nosso primeiro chamado é a santidade. “Sede santos porque eu sou Santo”! (Lv 11,44).

Se nossa vida perde este sentido primário – a santidade – não serve para mais nada, perde o sabor, e seremos apenas seres ambulantes no espaço chamado terra…

Agora como consagrados pelo nosso batismo, escolhidos e separados por Deus e para Deus, recebemos d’Ele uma missão.

Porém, cada pessoa chamada recebe uma missão especifica, dons diferentes, para que a missão aconteça com a contribuição de cada um. No entanto os dons recebidos de Deus, precisa ser instrumento eficaz para a vida dos meus próximos.

Eu preciso ser “sal” e dar sabor com a minha vida de consagrado à vida dos meus irmãos. Para que isto aconteça é preciso que de minha parte eu me reconheça: filho de Deus, amado, escolhido por Ele, e assumir o chamado e os dons recebidos – por que é graça – colocar em prática.


O sal é reconhecido sal, depois que tirado do mar e purificado e depois utilizado. Se ficasse lá no mar e ninguém descobrissem o seu “valor” para a utilidade humana, ele seria apenas um monte de areia branca.


Não que nossa vida e consagração mereça reconhecimento…mas nossa vocação de cristãos só terá sentido e sabor, se formos dóceis e deixarmos ser usados por Deus, “segundo tua vontade” onde ele deseja.

E agora para colocar isto em prática, penso que o primeiro passo é ser o que sou…com o meu jeito de ser, com virtudes e fraquezas, levar Jesus as pessoas com os dons que o próprio Deus me deu: a alegria, o acolhimento, a escrita, a disponibilidade.

É nas situações ordinárias e extraordinárias, deixar ser usado pela divina providência que coloca em nosso caminho pessoas e fatos para que possamos dar sabor, e ser luzes.

Dar sabor a vida das pessoas é reconhecer nelas o próprio Jesus, e valoriza-las com o que elas tem de melhor.

É ser humanos, sem deixar de sermos cristãos!        

Não consigo sentir Deus!
Muitas vezes e de diversos modos nos deparamos com situações no caminho com Deus, que nos sentimos vazios e dizemos: não consigo sentir Deus!

Não consigo sentir o amor de Deus! Tudo porque vivemos uma busca insaciável pelo sentir. Por vezes paramos nos sentimentos e esquecemos do que nos diz a Palavra de Deus, na carta de São Paulo aos Hebreus "A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se vêem." ( Heb. 11, 1).

Nos perguntamos, porque não sentimos Deus em alguns momentos do nosso caminho espiritual. Poderíamos responder dentro de cada experiência que seria por procurarmos muito a satisfação pelos sentidos, mas é necessário sabermos que fé não se traduz por sentimentos, até por que sentimentos são inconstantes. Daí portanto a necessidade de nos firmarmos na fé como nos ensina São Paulo e a oferecermos nossos sentimentos ao Espírito Santo, para que possamos obter respostas na fé aquilo que apresentamos ao Senhor.

A pessoa humana, não é dotada apenas de sentimentos mas de ação, razão e vontade que precisam ser bem trabalhadas e estarem em harmonia pelo Espírito dando-nos resultados satisfatórios que nos tornem atentos aos apelos de Deus, favorecendo em nós a fé dom e não sentimentos.

Para vivermos na fé precisamos experimentar Deus no vazio e percebemos que no vazio dos sentidos está a abundante graça do Espírito que nos enche dessa presença maravilhosa e transformadora do Senhor.

Pela fé somos levados a afirmar que mesmo no vazio dos sentidos estou inundado pela presença de Deus.