O
Purgatório
O que
devemos entender é que todos os pecados causam danos a sua alma, porém nem
todos os pecados possui a mesma consequência, existem os pecados (Mortais) e os
pecados (Não Mortais ou Veniais são pecados 'leves' ou perdoáveis pela via extra-sacramental).
I João 5,16-17. Se alguém vê o seu irmão cometer um pecado que não
leva à morte, reze, e Deus dará a vida a esse irmão. Isso quando o pecado
cometido não leva à morte. Existe um pecado que leva à morte, mas não é a
respeito desses que eu digo para se rezar. Toda a injustiça é pecado, mas há
pecados que não levam à morte.
Sabemos que todos os pecados causam danos a sua alma, porém sabemos que
nem todos os pecados levam a morte de sua alma (A morte da Alma é ser jogada no
lago de fogo Apocalipse 20-14).
Bem aqueles que morrem com pecados mortais não expiados em vida terão
como recompensa o lago de fogo (inferno).
Agora eu pergunto:
O que acontece com aqueles que morrem com pecados não mortais e não
expiados em vida? São João diz que nada de impuro pode Entrar na Nova
Jerusalém.
Apocalipse 21,27. Nela jamais entrará qualquer imundície, nem os que
se entregam à abominação e à mentira. Vão entrar somente aqueles que têm o nome
escrito no Livro da Vida do Cordeiro.
Jamais uma pessoa que morreu com um pecado não mortal poderá ser jogada
no inferno, esse pecado não tem essa consequência, por outro lado sabemos que
ela não poderá entrar na Nova Jerusalém porque mesmo não estando com um pecado
mortal ela estará impura pelo seu pecado Venial, sendo assim essa alma terá que
passar pela purificação e assim entrar no Reino de Deus.
Vamos entender essa purificação Biblicamente, Jesus Cristo nos mostra a
purificação da Alma na parábola do Servo Cruel.
Mateus 18-23. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar contas com os
seus empregados.
Observam que Jesus Cristo está falando unicamente do (Reino dos Céus)
ele não está aqui explicando nada sobre inferno.
Mateus 18,24-27. Logo ao princípio trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos. Como o empregado não tinha com que
pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, juntamente com a mulher
e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado,
porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: "Dá-me um prazo, e
eu te pagarei tudo” Levado pela compaixão, o patrão soltou o empregado e
perdoou-lhe a dívida.
Agora Jesus Cristo faz a comparação do Rei acertando as contas com seu
servo e (Deus), no caso esse servo devia dez mil talentos (uma quantia
considerável na época) o que figuralmente retratava seus pecados veniais
cometidos, porém o Rei (Deus) estava totalmente disposto pela misericórdia
divina perdoá-lo de toda sua divida (seus pecados).
Mateus 18,28-30. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que
lhe devia cem moedas de prata. Agarrou-o pelo pescoço e começou a sufocá-lo,
dizendo: "Paga já o que me deves” O companheiro, caindo a seus pés,
suplicava: "Dá-me um prazo, e eu te pagarei". Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou metê-lo na
prisão até que pagasse o que lhe devia.
Após o Rei (Deus) ter se colocado totalmente disposto a perdoá-lo, o
servo não se coloca com a mesma disposição com seu companheiro que lhe devia
apenas cem dentários (uma quantia bem inferior da que ele devia para o Rei)
sendo assim o servo se demonstra uma pessoa totalmente cruel e egoísta, pois
devemos perdoar a todos os nossos irmãos, seja qualquer tipo de ofensas.
Mateus 18,31-33. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes,
procuraram o patrão e contaram-lhe tudo. “O patrão mandou chamar o empregado e
disse-lhe: Empregado miserável”! Perdoei-te toda a tua dívida, porque me
suplicaste. Não devias também ter
compaixão do teu companheiro, como eu tive de ti?
Assim o Rei (Deus) pede contas ao servo, pois ele estava totalmente
disposto a perdoá-lo de todas as suas dividas (purificar de todos os seus
pecados em vida), mas o servo não agiu como na oração do pai nosso.
A obra de purificação do servo cruel não foi completa, ele quis apenas
seu bem estar deixando de lado a misericórdia com seus companheiros, assim sua
purificação não pode ser feita em vida para sua entrada no Reino; Jesus Cristo
então nos apresenta outro tipo de purificação para esses pecados não mortais.
Mateus 18,34-35. O patrão indignou-se e mandou entregá-lo aos torturadores até que
pagasse toda a dívida. É assim
que procederá convosco o meu Pai que está no Céu, se cada um não perdoar do
fundo do coração a seu irmão.
Então o Rei (Deus) que estava totalmente disposto a perdoá-lo de todos
seus pecados (com tanto que ele também perdoasse seus companheiros) retém esse
perdão e sua entrada no Reino, assim Deus o entregou aos (ALGOZES) para
ser pago ali sua divida (purificado seus pecados não mortais) e só depois dessa
purificação ele poderia entrar no Reino de Deus.
Para quem não sabe (ALGOZES) significa (CASTIGO), esse é o
castigo de penitencia para purificação desses pecados não mortais e não
expiados em vida.
·
Aquele que morre em total graça e santidade vai
para o paraíso de Deus.
·
Aquele que morre em amizade com Deus, mas com
pecados não mortais passa pelos algozes (purgatório) para se purificar e entrar
no paraíso de Deus.
·
Aquele que morre em total inimizade com Deus e com
pecado mortais tem como recompensa o fogo eterno.
Não podemos deixar de lembrar que a argumentação protestante de que o
purgatório invalida a obra de redenção de Jesus Cristo na cruz é totalmente
nula, pois com esse mesmo argumento eu poderia colocar que a confissão e o batismo também invalidam a
redenção de Jesus Cristo na cruz, pois tanto o batismo como a confissão nos
purifica de nossos pecados cometidos. E o purgatório é só um desses preceitos
para total purificação de nossos pecados não mortais cometidos, mas não
expiados em vida.
Bem essa
foi à primeira matéria sobre o purgatório.